Início de ano em Juiz de Fora: um resumo por Ricardo Ribeiro
Chegou, chegando! Não é assim, que as pessoas se referem a alguém ou alguma coisa que aparece chamando a atenção?
O ano de 2022 começou com muita chuva, especialmente, no nosso Estado. Aqui em Juiz de Fora, os alagamentos voltaram nos pontos tradicionais. Os moradores do bairro Industrial, que margeia o rio Paraibuna, sofreram de novo inundações em suas casas e nos imóveis comerciais.
Aliás, tem morador de lá que tem no quintal de casa um barco para essas situações emergenciais. Para se ter uma ideia do que eles passam desde o século passado ou, se prefere, desde o milênio anterior. Daí, podemos medir a distância que separa o problema da solução.
É preciso reconhecer, no entanto, que as tragédias de outros tempos não se repetiram agora. Me refiro ao número de mortes que, infelizmente, tínhamos que registrar. Neste ano, as notícias ficaram quase que restritas aos prejuízos materiais, que também precisam ser considerados. Afinal, são pessoas que lutam com dificuldade para ter uma casa, produtos, bens, enfim, uma moradia estruturada, que se desmancha com as enchentes e a lama que fica. Isso sem contar as doenças que colocam em risco as pessoas com a água suja e contaminada.
Trabalho com jornalismo há mais de 20 anos e foi raro passar um início de ano, sem cobrir esses eventos. Os administradores têm uma enorme parcela de culpa. A prevenção deve ser feita nos períodos de estiagem. Aprendemos isso, desde pequeno, com a fábula da cigarra e da formiga. Só que, neste caso, quem fica numa situação mais confortável é a cigarra, que tem uma casa segura, distante dos rios e córregos e condições de vida melhores. Isso me lembra até um comentário que sempre ouvi sobre as condições das estradas. Se o responsável por arrumar as rodovias viajasse de carro e não de avião, hoje teríamos tapetes de asfalto entre as cidades.
Outra preocupação em janeiro, tem sido os casos de Covid-19, que aumentaram muito. A diferença para o patamar de 2021 é que os hospitais não estão lotados como antes. Especialistas em saúde reconhecem que esse é um reflexo da vacinação de boa parte da população. Mais de 80% tomaram duas doses em Minas e o percentual da terceira dose vai crescendo na medida que passa 3 meses da segunda, quando é autorizada nova imunização para o público em geral.
Esse cenário deve possibilitar em fevereiro o retorno das aulas presenciais e 100% obrigatórias em Juiz de Fora. Discute-se ainda o chamado “passaporte da vacina”. Será necessário o cartão de vacinação para a volta? Há ainda muitas dúvidas quanto a esse retorno.
Pais ou responsáveis inseguros, estudantes e trabalhadores da Educação com o mesmo sentimento. Ainda que a ansiedade e a saudade pela volta da convivência mais próxima também não devem ser deixados de lado.
Ainda é difícil prever como será 2022, principalmente, em relação a pandemia. Mas, estamos todos agarrados na esperança de que possamos retomar nossa rotina sem preocupação. Enquanto isso, seguimos cuidando da gente! Aprendemos que, fazendo isso, passamos a cuidar de todos.
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