O que é notícia em março em Juiz de Fora, por Ricardo Ribeiro
Ao contrário da marchinha de carnaval: “Na mesma máscara negra, que esconde teu rosto, eu quero matar a saudade…”, já podemos, sim, matar a saudade, mas agora sem a máscara. Pelo menos, ao ar livre.
A decisão da Prefeitura de Juiz de Fora em desobrigar o uso de máscaras, exclusivamente, em ambientes abertos é uma das novidades mais esperadas da pandemia, praticamente dois anos depois dela ter chegado ao Brasil em março de 2020. Bom, ainda que muitas pessoas permaneçam inseguras em deixar o adereço, que passou a ser encarado como uma peça do nosso vestuário do dia a dia.
Mas, atenção! A necessidade do uso de máscaras e da comprovação do esquema vacinal completo ou em dia permanece no Município. A ocupação dos leitos hospitalares está em níveis baixos nos dois sistemas, privado e público.
Vencido, ou quase pelo menos, o desafio da pandemia, a Prefeitura de Juiz de Fora tem pela frente uma importante decisão a tomar no mês de março. O transporte coletivo da cidade é hoje, ao lado dos buracos espalhados por todos os cantos, um quebra-cabeça que precisa ser resolvido sob pena de assistirmos acidentes, que podem se transformar em tragédias. Como, por exemplo, aconteceu pertinho da Souza Gomes na avenida Presidente Itamar Franco, quando cerca de 25 pessoas ficaram feridas depois de um ônibus urbano ter atingido um poste. E olha que foi na pista de subida que o coletivo, possivelmente, teria apresentado problemas mecânicos.
A cidade opera com dois consórcios desde a licitação de 2016. Mas, o que era para melhorar, parece ter tido efeito contrário. Cláusulas determinadas em contrato não estariam sendo cumpridas. As denúncias de ônibus sucateados e má prestação de serviços cresceram na mesma proporção que diminui o número de passageiros/mês. Antes da pandemia, em 2019, eram cerca de 7 milhões de usuários. Hoje, são cerca de 5 milhões. Para as empresas, o custo do transporte, mesmo subsidiado, ficou caro demais. Para a Prefeitura, as empresas tem um contrato por cumprir. Já para o usuário, resta encarar ônibus lotados, linhas que não são suficientes para atender bairros populosos e atrasos frequentes nos horários previstos.
Quanto ao outro problema, os buracos, aí vai uma previsão. E não é minha. Sou péssimo em previsões e achismo! Segundo entrevista recente da Secretária de Governo, Cidinha Louzada, existe um prazo para o fim dessas crateras em Juiz de Fora. E não está longe: abril. Como ela mesmo disse, podem anotar!