Entenda como o IVAR muda o seu contrato de aluguel
IVAR? Calma que esse novo índice não tem nada a ver com futebol e vai impactar a sua vida mais do que você imagina. Leia abaixo sobre esse novo cálculo para a evolução do preço dos aluguéis no Brasil e, claro, aqui em Juiz de Fora.
Antes de tudo, relembre o básico
O reajuste anual do valor de cada aluguel acontece de forma padrão e é combinado em contrato, como você pode conferir nesse vídeo especial sobre o tema.
Se você não está muito antenado com o mercado imobiliário dos últimos dois anos, a pandemia teve forte impacto no cenário econômico nacional e, consequentemente, refletiu no preço dos imóveis locados.
Por uma série de fatores, como alterações bruscas na taxa Selic, o índice usado até o momento aumentou. Já conhecia o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado)? Pois é, esse índice chegou a quase 38% na pandemia e gerou uma série de negociações entre proprietário, inquilino e imobiliária.
Inclusive, as negociações com base no IGPM foram temas de diversas matérias nos jornais de Juiz de Fora, confira as principais.
Ou seja, o IGPM nas alturas gerou muita conversa entre ambas as partes envolvidas no aluguel e foi proposto um novo índice que refletisse as demandas do setor de forma mais atualizada e condizente com tamanhas mudanças.
Entenda sobre a obrigatoriedade de se negociar o valor do aluguel aqui.
Agora sim, é hora de conhecer o IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais).
Como o IVAR vai funcionar
Nesta terça, 11 de janeiro, a FGV (Fundação Getulio Vargas) lançou o IVAR no mercado a fim de medir a evolução dos preços dos aluguéis de forma diferente.
O que o IVAR avalia? O novo índice será calculado com base em dados coletados de contratos assinados por inquilinos e locatários, obtidos via empresas administradoras de imóveis, no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). Aos poucos, a proposta é que mais dados sejam coletados de outras localidades.
De acordo com a FGV, o indicador vai refletir melhor o cenário de oferta e demanda do mercado de locação residencial. “O objetivo é medir a evolução dos preços e preencher uma lacuna nas estatísticas nacionais nesse nicho. O índice utiliza valores negociados dos aluguéis em vez de dados de anúncios como base de cálculo. Fazem parte dados como os valores dos contratos novos e dos reajustes de contratos existentes, além das características de cada imóvel”, afirma a FGV. Continue lendo sobre a posição da FGV do portal UOL.
E o IGPM, acabou?
Não. O IGPM é o principal índice usado nos contratos de locação atuais e a proposta é que o IVAR seja mais um meio para ajudar nas análises.
Ficou curioso sobre as diferenças em números do IVAR para o IGPM? Calma que as métricas estão só no início, mas já é possível conhecer mais detalhes. O novo indicador acumulou uma variação negativa de 0,61% em 12 meses, fechando 2021 em queda. Veja mais dados do IVAR na matéria do portal IG.
Ainda ficou na dúvida sobre o reajuste anual do aluguel? Listamos as 4 principais respostas aqui no blog.
O que fazer?
Principalmente por ser um assunto que mexe diretamente com o bolso de cada proprietário e inquilino, o reajuste do aluguel precisa ser entendido em todas as suas particularidades, com atenção especial em relação ao prazo e ao índice a ser calculado. Assim, ambas as partes não são pegas de surpresa, ainda que os detalhes estejam firmados em contrato antes do aluguel começar a correr.
A orientação é sempre ler o contrato com cuidado e, em caso de qualquer dúvida, pergunte na imobiliária sobre os próximos passos.