A experiência de viver em um imóvel pequeno durante a pandemia
Repentinamente, nossos hábitos diários mudaram-se, drasticamente. Eu saia pela manhã em direção ao trabalho em outra cidade, retomando apenas quando já anoitecera. Meu marido apresentava uma rotina imprevisível, mas também com permanência diminuta dentro do apartamento durante o dia.
O uso primordial do nosso imóvel concentrava-se na função de dormitório para recarregar as energias. Nos finais de semana, muitas vezes, também havia trabalho externo, viagens, curtos passeios, visitas à familiares ou amigos, o que nos fazia permanecer fora por mais tempo.
Com a chegada da pandemia, o apartamento virou nosso porto seguro, local em que passamos a habitar, praticamente, 24 horas por dia, notadamente, no início, em que pouco se sabia da transmissibilidade do coronavírus.
Bem, acredito que muitos casais tiveram que testar o grau do seu amor, companheirismo e paciência, pois não havia para onde ir. A convivência intensa e diária era a única opção.
Um mesmo quarto para o trabalho de duas pessoas tornou-se inviável, pois com atividades distintas, há falas e momentos de concentração inconciliáveis. A alternativa encontrada foi fazer um rodízio de quem utilizaria o escritório e a sala de estar, momentaneamente adaptada ao home office.
Eu nunca imaginei que no meu apartamento de 50 m² haveria espaço para tanto trabalho, estudo, concentração e comprometimento. No meio do caos instalado, na fadiga, na extrema falta do convívio social, um novo pedacinho de amor ainda chegou para completar as nossas vidas. Isso mesmo, uma dose adicional de alegria tornou-se realidade. Um antigo sonho foi concretizado: uma cachorrinha no nosso cantinho chegou para animar ainda mais o lar.


Eu sempre pensava que no micro apartamento não cabia um animalzinho. Entretanto, com organização e estratégia esse sonho tornou-se possível. Pensa só: a pequenina área de serviço foi adaptada para virar a “suíte” do pet: casinha, banheirinho, potinhos de comida e água couberam lá! Hoje vejo o quanto adiei esse desejo…. Se você também o possui, não precisa mais ficar em dúvida achando que não cabe na sua casa um bichinho de estimação.
Com o passar do tempo, fomos nos adaptando e nosso pequeno imóvel foi tornando-se mais funcional e aconchegante, após o imprevisível momento da nova vida que passamos a viver: saúde física e emocional passaram a ser o nosso norte.
Só de lembrar que já na planta adquirimos nosso refúgio: acompanhamos a obra, ano após ano, e em pouco tempo, lá estava nosso prédio prontinho. Como foi gratificante mudar para o nosso apartamento novinho!
Muitos possuem medo de comprar imóveis na planta, mas conhecendo bem a construtora e sendo assessorado por uma imobiliária séria (no meu caso a Souza Gomes Imóveis) não há o que temer, tem tudo para sua empreitada ser bem sucedida!
Concluo que, em pequenos espaços, com organização e boa vontade é possível sobreviver de forma saudável, aproveitando da melhor maneira cada cantinho do seu apartamento.
Melhor do que sonhar, é realizar! Como dizia o saudoso professor, Luiz Flávio Gomes: “Avante!”. Ainda temos muito a conquistar.