Financiamento do imóvel e desemprego: o que acontece se eu perder a carteira assinada?
Para muitos brasileiros, uma das primeiras dúvidas diante de uma demissão é como resolver duas questões ao mesmo tempo: financiamento do imóvel e desemprego. Enquanto se procura outro trabalho, as finanças da família são reorganizadas. Para ajudar nesse momento delicado, a imobiliária Souza Gomes detalha tudo o que você precisa saber em relação ao pagamento das parcelas do seu imóvel financiado.
Sem desespero
Primeiro de tudo, fique calmo. A demissão acontece em inúmeros casos e os bancos sabem disso. É hora de entender as suas alternativas para que essa dualidade financiamento do imóvel e desemprego não seja o fim da sua casa ou apartamento.
Segundo, saiba que você não pode mentir para o banco. Ou seja, não pode ocultar que está desempregado enquanto paga as parcelas do financiamento.
Vamos lá para você entender as suas possibilidades agora.
Atenção ao contrato
Antes de sair por aí se descabelando porque tem ativo um financiamento do imóvel e desemprego chegou na sua família, ache o contrato do seu imóvel.
O contrato já traz informações sobre o que fazer nesse caso.
Contrato em mãos e lido com atenção? Continue se informando.
Seguro obrigatório
O financiamento tradicional possui um seguro obrigatório que quita as prestações em dia e posterga a dívida para evitar a perda do imóvel.
Para você ter o seguro, existe uma série de requisitos, como ter pago 6 prestações do financiamento e estar com as contas em dia.
Acionando o seguro no caso da perda do emprego, ele quita no máximo 6 parcelas.
Lembrando que apartamentos comprados pelo programa Minha Casa Minha Vida não possuem esse tipo de seguro obrigatório.
Negociação com o banco
Saiba que os bancos estão abertos a negociarem os prazos e taxas de juros.
Você pode, por exemplo, pedir para o banco revisar os valores, reduzir as parcelas e fazer um novo parcelamento no seu caso.
E esse processo é mais fácil do que você imagina!
A negociação pode ser feita toda online. No site da Caixa Econômica Federal, por exemplo, existe uma parte específica para você fazer uma proposta de renegociação. Clique aqui e confira.
Ainda falando sobre o Minha Casa Minha Vida, o prazo de financiamento negociado pode ser de 3 meses à 3 anos, dependendo da proposta. Essa negociação leva em conta um fundo chamado Fundo Garantidor de Habitação Popular.
Se o banco não aceitar negociar, você pode estudar alguma ação judicial.
Uso do FGTS
O financiamento do imóvel e desemprego deixa as pessoas tão preocupadas, que elas nem sempre conseguem avaliar com calma todas as possibilidades. Por isso, não esqueça que usar o Fundo de Garantia guardado é possível.
Chegou a hora de usar o FGTS para quitar parcelas e ficar sossegado por alguns meses.
Congelamento das parcelas
Outra sugestão é que você avalie o congelamento das parcelas do financiamento. O que isso significa? Parar o pagamento por algum tempo, tudo com negociação com o banco. Leia um texto que detalha essa prática:
Alternativas para driblar o financiamento do imóvel e desemprego
Outras coisas podem ser feitas para se capitalizar diante dessa situação financeira instável. É o caso da venda de algum bem, como carro, e inclusive o aluguel do apartamento em casos mais extremos.
Outra possibilidade mais radical é passar o financiamento para o nome de outra pessoa. Veja se esse pode ser o seu caso:
Para o futuro, pense em uma reserva de emergência visto que a maioria dos financiamentos imobiliários são por 30 anos.
Se você começar a trabalhar informalmente nesse período, é preciso atenção à algumas peculiaridades diante do financiamento. Confira:
Viu como existem possibilidades para você reorganizar as finanças? Se ficou alguma dúvida, deixe seu comentário!